É com uma enorme alegria que anunciamos que o Bar Princesa é novamente site embaixador da Avec Editora! Neste segundo semestre, teremos boas notícias, indicação de leituras e o melhor da literatura do lar da Fantasia e da Ficção! Muita gratidão por essa parceria maravilhosa!
Parece déjà vu, mas desta vez os brasileiros podem ficar tranquilos, pois Shakespeare é a coisa menos interessante em um filme sobre Shakespeare, e Pedro Mescal não parece ter chances de concorrer com Wagner Moura nos Oscars.
As similaridades com Shakespeare Apaixonado param aí. O filme de 1998 é uma comédia cocriada por Tom Stoppard, um dramaturgo, apoiada em ironias intertextuais, reconhecidas mais facilmente por aqueles com maior familiaridade com o texto shakespeareano, o que tem levado muitos espectadores a depreciarem a obra, uma reação negativa impulsionada pelo caso Weinstein. Já Hamnet é baseado em uma novela de Maggie O’Farrell, que se preocupa com o leitor comum a ponto de alterar o nome da personagem principal, a esposa de Shakespeare, Anne Hathaway, para Agnes, a fim de não criar confusão com a atriz de O diabo veste Prada.
A vida privada de Shakespeare é uma lacuna e isso tem levado à especulação de todas as formas para preenchê-las, o que gera uma produção constante, tanto por parte da academia quanto por parte da indústria cultural de produtos (peças, livros, filmes, quiçá videogames) sobre o autor. O que apenas reforça a universalidade e intemporalidade do autor em todas as camadas da população. Ele é ao mesmo tempo erudito e popular, cômico e trágico, familiar e estranho.
Mas em Hamnet o foco é Anne/Agnes, interpretada por Jessie Buckley. Se o Shakespeare de Pedro Mescal é apenas um bom marido, um bom pai, um bom homem, Jessie tem fama de ser bruxa, falcoeira, consegue intuir o futuro, entender a psicologia do marido, ou seja, é tudo menos uma musa como a Viola de Gwyneth Paltrow. Com Shakespeare passando a viver em Londres, distante, o filme, durante boa parte, é um drama intenso e intimista, sobre uma mãe cuidando de três filhos, até o falecimento de um deles.
A diretora Cloe Zhao basicamente repete o que ela fez em Eternos. No filme da Marvel, Circe, a “esposa” de Ikaris, é quem vê a história dos super-heróis de longe, e toda a carga emocional está centrada nela, que tenta manter a família (os outros Eternos) unidos, enquanto Ikaris é quase ausente. Aqui, é a vez de Jessie Buckley fazer as honras.
Que Shakespeare pudesse ser o menos poético de todos os seres já intuía outro poeta inglês, John Keats, e parece ser um acerto que o filme o apresente desta forma, mas, Hamlet, a peça, não é apenas um veículo para o luto do autor, ao contrário, tratando-se de uma das obras mais intricadas concebidas pela humanidade. Ainda assim, o filme muda, quando chegamos à peça. Agnes passa a ser espectadora, e não apenas a esposa do autor, mas cada possível espectador de Hamlet. Também começamos a peça com confusão e terminamos com aquele silêncio final que Agnes sente.
Como todas prequels, e Hamnet é uma, o filme tem a necessidade de explicar o que não importa. Por que Shakespeare foi para Londres? Por que Shakespeare escreveu uma peça sobre um filho atormentado pelo fantasma do pai? Por que Shakespeare escreveu tantas comédias em que mulheres se passavam por homens? Essas respostas não importam, pois o mistério de Shakespeare não são as lacunas de sua vida, mas o recheio de suas obras. Elas provocam as questões, que vão bem além de ser ou não ser.
No final de Hamnet, é Shakespeare quem rouba a cena. Impossível não ser assim.
A segunda temporada confirma que existe Andor e um universo derivado chamado Guerra nas Estrelas e não o contrário e isso faz sentido
Ezra Pound foi um poeta americano lá no começo do século. E também foi um fascista e, como deve acontecer com todos os fascistas, se ferrou. Mas, cultura é como a farofa que acompanha o peru de Natal. Ou seja, com uva-passa, que muita gente separa (eu não, deixemos claro que farofa de fruta é da hora e é muito pior essa pessoa que passou a enfiar cenoura ralada no salpicão), podemos pinçar o que Ezra fez de bom. Dentre suas ideias estava um ataque a Virgílio.
Ezra afirmava que Virgílio era um mal poeta e que bons eram seus tradutores. Esse Virgílio é o grande poeta da época de ouro romana, com três obras fundamentais, especialmente a “Eneida”, protagonizada um personagem secundário da Ilíada, o príncipe Enéas. Ele sobrevive o massacre pós-cavalo de madeira, promovido pelos gregos, viaja pela rota que seguiria Ulisses na “Odisseia”, simbolicamente, derrota Cartago ao recusar casar-se com a rainha Dido, e funda Roma.
Toda vez que você ouvir a palavra clássico sendo utilizada (mesmo para aqueles filmes produzidos pela produtora The Cannon Group, de Golan e Globus, com o Chuck Norris, antes mesmos deles terem sido lançados diretamente para VHS), falamos de Virgílio e a Eneida. A obra era considerada o modelo ideal de perfeição estética e é por isso que Dante escolhe o poeta romano como seu guia na “Divina Comédia”. Tudo a ver com a mensagem e o modelo que deveria ser seguido a partir dali e que deu origem ao humanismo, à Renascença, ao mundo ocidental moderno, e aos recitadores esnobes de línguas mortas, especialmente o Latim.
Parece tolice essa afirmação, afinal se há evidência da qualidade de um artista, é o alcance de sua obra e nenhum poeta durou tanto no ocidente. Mas, Ezra era fascista, não tolo, especialmente em se tratando de literatura. Portanto, separemos a parte não digerível e vamos consumir a verdadeira grande ideia: ter sido o original, o primeiro, não quer dizer que é o melhor. Na literatura, existem tantas traduções que são criações valiosas por si mesmas: as traduções de Homero; das “1001 Noites”, a tradução do “Rubayiat”, de Fitzgerald; as traduções da Bíblia e assim vai.
Acha isso óbvio?
Então, sabe aquela afirmação de que os livros são muito melhores do que o filme? Ela é justificada apenas porque o senso comum prefere o criador original. É uma mentira. Vários livros são inferiores aos filmes que deram origem, ou, as obras possuem nível similar. Não vou fazer uma lista porque ficaria muito extensa. Se eu citar um ou dois exemplos, as pessoas podem achar que são apenas exceções que confirmam a regra.
Aplique isso não apenas para as traduções, mas também para obras como a “Eneida”, que se sustenta quando comparada ao ‘original’ de Homero. E Dante, que se coloca no Paraíso sem passar vergonha, ao ficar ombro a ombro com Virgílio. Chegamos assim na afirmação de Jorge Luís Borges: o original é infiel à cópia.
Para o argentino, um notável reciclador, a situação é ainda mais mágica. O tempo dá nó e, ao sermos infiéis aos nossos mestres, alteramos o passado. Não de DeLorean, mas na forma como a criação do passado é vista. Querem um exemplo? Agora que descobrimos que Machado de Assis era negro, e não branco como nos ensinaram por mais de um século, as leituras de sua obra estão passando pela presença/ausência da causa escravista. Isso não faz da obra de Machado menor ou maior, faz dela diferente. E também explica o bom motivo de continuarmos a ensinar Machado nas escolas. Não sabemos, nem podemos saber, o que essas novas gerações vão fazer com ele. Mas vai ser algo interessante, aposto.
E o que Andor tem a ver com o olhar de Capitu?
As chamadas prequels são formas de Hollywood sugar o dinheiro e satisfazer a fragilidade do ego do fã, que precisa acreditar que algo de novo sendo feito (não há. Histórias acabam e isso é bom).
Mas, como sugeri ao falar da primeira temporada (aqui), Andor prefere contar uma história. Sabendo que precisa mexer Cassian para o ponto de partida de Rogue One, a segunda temporada saltou de ano em ano. Foi como se tivéssemos uma trilogia só dele. Não só dele, porque Andor focou nas personagens femininas e Cassian e Luthen são petecas sendo jogadas de lado a outro da quadra. Se um bordel havia sido introduzido na galáxia muito distante, o vocabulário do C3-PO cresceu. Agora ele pode falar em estupro e stress pós-traumático.
Mas Hollywood, especialmente a Disney pré-fascista laranja, já adotava um discurso focado nas personagens femininas, certo? Não deste jeito. Como Andor não se preocupava em bajular, mas contar uma história, sua estrutura é mais sólida e honesta do que as demais séries e filmes. Com isso, permite que o discurso ideológico (pobre do espírito sem ideologias que repete a farsa neoliberal de que as grandes ideologias morreram) e político se torne mais forte e íntegro.
Andor, nesse sentido, é a obra mais crítica da realidade americana (e internacional) produzida por lá. O maravilhoso casal formado por Karn e Dedra rouba cada cena em que aparece. São casais tão reais, tão possíveis em sua incapacidade de demonstrar emoções, que não precisam de apetrechos e armaduras para mostrar a desumanização do Império. Nada de ciborgues. E a tragédia deles, como anti-heróis, estava escrita no próprio DNA. São suas qualidades, as mesmas que permitem que tenham sucesso dentro da engrenagem do Império, que vão determinar seu destino. Édipos da escrivaninha.
Um dos arcos desta temporada mostra a resistência de Ghorman, claramente inspirada nos filmes do pós-guerra que focavam na resistência francesa contra o Nazismo (sim, em nenhum momento Andor perdeu a mira certa). A nostalgia morre quando se transforma em um ato de desespero, de suicídio e tragédia. Os rebeldes são manipulados pelo Império, falham, são massacrados e se transformam em tragédia, como o genocídio praticado contra os Palestinos. Porque a resistência francesa teve sucesso, a rebelião Ghorman não. É desesperador. Apenas cínicos como Luthen e niilistas como Cassian parecem entender – ainda que discordando – seus papéis na história.
Seria isso então, algo distinto de Guerra nas Estrelas? Nunca.
Lembre-se de como Guerra nas Estrelas começou. Não havia esperança, não mesmo. O primeiro filme era feito de desespero e uma vitória quase Pírrica: uma grande arma destruída, em troca de um planeta inteiro. O último herói (Obi-wan) morto. E no filme seguinte, descobrimos as mentiras de Obi-wan sobre Darth Varder, perdemos uma mão, um Han… Guerra nas Estrelas era a história de três heróis desesperados, sem esperança. Como é Andor.
Cassian entende Luthen, alguém cuja busca nietzschiana pelo super-homem o leva a escolher como única escapatória algo impossível. Pois ele quer alcançar o impossível e como tudo vai dar errado, sobra a Fé. É esse desespero, essas vitórias sem vencedores, essa fé que dá significado o universo Guerra nas Estrelas. Não é o poder, ou as aventuras. Mas não para os dois. Esse é o mundo em que Mon Mothma se ergue, abandonando a elite decadente e a crença na República. Para ela, haverá fé.
Se a segunda temporada reforça a força feminina com narrativas que exploram Mon Mothma, Blyx, Dedra e Kleya, estão fazendo nada além do que recuperar Leia dos biquínis dourados. Andor, efetivamente, nos permite reavaliar os valores, alguns perdidos, de Guerra nas Estrelas e, talvez entender, que os heróis surgem depois do sofrimento, da luta e do sacrifício e que não adianta. A cadela do fascismo está sempre no cio. Não podemos descansar, que apesar da incompetência dos fascistas, sempre cavando sua própria cova, é preciso um empurrãozinho.
Após participações em algumas séries do MCU, o Demolidor e seu arquirrival, o Rei do Crime, mudam de endereço definitivamente da Netflix para a Disney
Stan Lee contribuiu para que a editora Marvel se tornasse conhecida popularmente como a “Casa das Ideias”. E com a ajuda de um grupo de quadrinistas lendários, embora nem sempre valorizados, alardeou a criação de uma série de personagens fantasiados. Porém, o sucesso da Marvel estava mais em aproveitar antigas ideias, com novas roupagens, e principalmente, em muita comunicação com os leitores, do que realmente criar algo.
O MCU de Kevin Feige copiou – surpresa! – a fórmula. Nada mais Marvel do que ver seus filmes e séries seguindo ideias de outras produções. Basta apenas observar que o recente Thunderbolts* apresenta como tema a saúde mental, tem como vilão um personagem que tem múltiplas personalidades, uma delas mais sombria, e que viveu escondendo seus traumas em “planos psíquicos”. Coisa idêntica ao personagem da melhor série de super-heróis já feita, Legion de Noah Hawley (que também deixou traços de influência em outras séries do MCU, como Wandavision e Cavaleiro da Lua).
Esse é o caso de Daredevil:Born Again, que segue o modelo de sucesso das séries do personagem (três temporadas) da Netflix, para reintroduzir Matt Murdoch e Wilson Fisk. Os dois apareceram como cameos ou estranhas participações em outras séries e filmes, inclusive uma versão muito engraçadinha do DD, em She-Hulk. Agora, ele volta ao personagem mais sério, angustiado, e a produção sai um pouco da norma MCU, adicionando violência e temas mais ousados. Como na Netflix.
O curioso é que o personagem – é claro – é um dos menos originais dos quadrinhos da Marvel. Acontece que, nos anos 40, já havia um Demolidor. Criado por Jack Binder, esse demolidor é Bart Hill, que não era cego, mas sim mudo. Como Matt, viu o pai ser morto e decidiu combater o crime, no caso lançando bumerangues. Sim, alguns detalhezinhos foram modificados por Lee, Bill Everett e Jack Kirby em 1964, quando atualizaram o personagem.
Born Again caminha em um terreno firme: a Netflix já havia estabelecido a receita do sucesso: Charlie Cox e Vincent D’Onofrio. As interpretações de ambos facilitam até mesmo a inconsistência da série, os pequenos deslizes do roteiro (que foi várias vezes reescritos) e uma trama paralela bem morna, introduzindo o serial killer mascarado Muse. O auge é a cena do único encontro real de ambos, em um café. Apesar de parecerem se separar, eles continuam dividindo o mesmo roteiro: Matt acredita que jamais voltará a ser um vigilante e Fisk, que realmente protegerá Nova York e não mais será um gângster. Prova de que retas paralelas se encontram no infinito.
Para reintroduzir os dois personagens, a produção tem uma sacada: você já percebeu que grande parte dos mais interessantes filmes e séries são histórias de origem (mas, isso não é apenas quadrinhos. Jornadas de autodescoberta são muito sedutoras, assim como a investigação do mistério é mais interessante do que a solução)? Born Again é uma história de origem, mas não uma repetição do que a Netflix já contara. Não, são essencialmente os mesmos personagens, carregando as mesmas experiências. Como estavam “aposentados”, a jornada para voltarem a ser quem sempre foram funciona tanto quanto a primeira vez que a espada saiu da pedra.
É uma introdução eficiente ao MCU (que comparece com o aumento de referências aos heróis uniformizados – algo raro até nos Defensores da Netflix – pois, além da reintrodução do Justiceiro e do Mercenário, temos o Tigre Branco, o Espadachim (que foi apresentado na série do Gavião Arqueiro) e uma referência à Kamala, a Miss Marvel. Como essa integração vai funcionar (Thunderbolts* meio que joga para o alto a lógica do plano final de Fisk) e qual será impacto na segunda temporada, é coisa para se ver.
Afinal, copiar a Netflix é ruim? Não para Balzac, que, segundo anedota apócrifa, teria cumprimentado um escritor iniciante. O motivo? O novato copiara um texto dele, Balzac e, portanto, merecia elogios. Se vai copiar, que copie os melhores. A Marvel tem feito isso desde sempre e tenho certeza que Stan Lee manda seus cumprimentos para Kevin Feige.
Confira a crítica de João Camilo Torres, sem spoilers, do mais novo filme da Marvel
O asterisco vai sumir no final, quando Nova York for mais uma vez salva pelos…
Fórmula. Se você olhar com atenção, o MCU cresceu usando uma receita apenas, que, com algumas poucas tentativas de inovação (Eternals, aí está você), se mantém rentável pela fidelidade dos fãs. Por isso, as tentativas de criar algo diferente gera menos bilheteria, mais críticas, memes e trabalho para os bots.
Kevin Feige, a inteligência da franquia, é tudo menos um inovador. Isso fica mais evidente nas séries da Disney, por serem mais numerosas. A ideia é copiar o que dá certo em outros locais, ajustar para diminuir os riscos, e, em uma espécie de autofagia, alimentar os fãs com autorreferências (as piscadelas para os leitores de quadrinhos já deixaram de ser norma, o MCU já construiu sua própria biografia e mitologia para caminhar com seus passinhos e espero, a qualquer momento, que Feige passe a aparecer em cameos). Tem dúvidas? Assista à nova série do Demolidor, recentemente lançada.
Isso explica um pouco o sucesso (que vai ser) e os problemas básicos de Thunderbolts. Pela primeira vez, foram capazes de reutilizar a fórmula do primeiro Vingadores para unir um supergrupo (que vai salvar Nova York, é claro). É o filme que melhor consegue se estruturar utilizando as séries da Disney. A maioria dos personagens já havia sido apresentada em produções anteriores, especialmente a principal, Yelena, irmã da Viúva-Negra.
Para dialogar com a base de fãs, os trailers acenaram com o humor. Era como se dissesse “Ainda temos um Hulk” e bateu-se na tecla de que os personagens são fracassados, anti-heróis e essa é a piada central do filme. Humor faz parte da fórmula, essa piada é repetida constantemente e o humor é o que há de pior no filme.
Não por não combinar com personagens “grits”. De fato, são personagens com esse perfil “Image Comics”, dos anos 90, (traduzindo para audiovisual, zacksnyderianos), pois, o filme em si não é tão violento, nem os personagens são completamente amorais. Quer grit, outra vez mais: assistam à série do Demolidor.
Mas, enquanto o filme avança (não espere muita coerência de eventos, nenhum diálogo brilhante: MCU aposta sem riscos), o humor parece se tornar um intruso para a verdadeira história, aquela que os trailers não contaram, e olha que os trailers do MCU são notórios por contarem demais detalhes dos filmes.
Não, desta vez não faria sentido esconder a introdução do Sentinela (Sentry/Void) como antagonista do longa. A história é tão simples e linear, que não admite surpresas ou reviravoltas. A verdadeira história não é de fracassos, mas de sucesso. O problema é que esse sucesso é o de ser uma assassina eficiente. Yelena, ao contrário da nunca desenvolvida Nathasha, não encontrou um ideal romantizado de ser uma heroína que salvou o mundo para compensar o passado. É um filme sobre saúde mental.
É isso que dá o tom sombrio ao filme, apenas um pouquinho de humanidade. Além da notória cara de choro de Florence Pugh, uma atriz eficiente o suficiente para não permitir que a superficialidade desta sessão de psicanálise se transforme em uma comédia acidental.
Quanto ao asterisco, não serve para nada mesmo. É parte do humor promocional e nem tem tanta graça, sem estar enfrentando o exército romano.
Novo longa-metragem do Capitão América é um típico filme da Marvel e, segundo Voltaire, nem novo, muito menos admirável
Faz parte da narrativa de criação da Marvel, a história de como o Hulk original ganhou a cor verde apenas devido a um erro de impressão ocorrido na primeira edição, que deveria apresentar o personagem cinza. Apesar da cor verde ter se estabelecido como a cor típica dos personagens afetados pela radiação gama (Abominável, She-Hulk e o vilão deste filme, o Líder), com o tempo, Banner voltou a ser cinza, e outras cores foram adicionadas à paleta da família gama.
Não se preocupe, a cor do Hulk Vermelho (no filme, a aparição do personagem é tradada como uma surpresa, sendo revelada aos poucos, e, em mais um curioso caso de SPOILERS típico do MCU, sua presença foi revelada nos trailers) está certinha. O Hulk laranja é o Hulk real.
A Marvel sempre se comparou favoravelmente com a DC ao revindicar que seu universo é mais realista, lidando o mundo real, ao contrário do universo romantizado de heróis arquetípicos e idealizados da rival. Isso é discutível, mas é claramente um padrão da editora que se manifestou nos filmes de maneiras variadas (uniformes pretos para os X-Men!).
Não preciso deixar de lembrar que existe diferença, na arte, entre a linguagem realista e a capacidade de lidar com questões do mundo real, afinal, arte se caracteriza pela estilização da linguagem (visual, sonora, verbal, o que for). Ou seja, uma fantasia como a série The once and future King de T. H. White (de onde saiu o A espada era a Lei) lidava com as consequências da guerra tanto quanto Adeus às Armas de Hemingway. E ambos apresentam uma linguagem extremamente estilizada, apesar de apenas um deles ser rotulado de fantasia.
Evidentemente, os artistas envolvidos nas criações da Marvel podem ter intenções diferentes, mas a Marvel (e agora, a Disney) são corporações e assim, têm interesses menos românticos. Quando a Disney adotou a tendência de inclusão em suas animações e filmes, tinha menos a ver com uma questão ética e sim com um ajuste ao perfil do consumidor.
No final dos anos 80, seguiu uma postura globalizante e neoliberal, que adotava superficialmente posicionamentos como feminismo e racismo, identificados com o liberalismo iluminista, como forma de ampliar mercado. Claro que isso proporcionou conquistas que realmente importavam. Mas a corporação continuava sendo a corporação e o mundo mudou.
Um gênio dos quadrinhos foi um que levantou a bola de como a sociedade, se impregnando de filmes de super-heróis, estava andando para um abismo. Mas Alan Moore serviu de Cassandra e suas profecias foram rejeitadas mesmo pelos seus pares. Ele estava certo.
O que isso tem a ver com o novo filme? A fórmula confortável de cada blockbuster hollywoodiano se repente, cada um dos atos crescendo em intensidade, intercalados por momentos emotivos, levando a uma batalha final.
No caso da Marvel: a autorreferência, o diálogo com a base de fãs na forma de easter eggs e cameos, a “inclusão de mentirinha” (se o novo Capitão América é o antigo Falcão, um afro-americano, o novo Falcão é um latino-americano), os fios narrativos soltos que servem para ligar com outras séries e filmes do MCU e o elenco de apoio de qualidade, apesar de condenados aos personagens caricatos, oferecendo pouco ou nada para o ator mostrar talento que os fizeram ser estrelas, como é o caso de Giancarlo Esposito e Tim Blake Nelson, que fazem dois vilões, Coral e o Líder. Tudo se encontra no filme, garantindo o conforto da audiência.
ATENÇÃO: ALERTE DE SPOILER
O roteiro é simples e o diálogo atrapalhado, com piadas sem graça por falta de timing. Mas o pior é que conta a história de um presidente americano, Harrison Ford, de volta ao cargo, que apesar de todas as coisas questionáveis que fez, inclusive para ser eleito, de ser responsável pela destruição parcial da Casa Branca e de quase iniciar uma guerra, se redime, por causa da filha, com um tratado internacional para distribuir recursos com todo o mundo (suponho que tenha se tornado vermelho e comunista), e, voluntariamente se entrega e deixa o cargo para pagar pelos seus crimes. Difícil de acreditar. Com uma estrutura frágil e um espírito ainda mais frágil, o filme desliza.
Sim, pretender que filmes de super-heróis são uma forma de lidar com o mundo real e não rotinas escapistas, cria fantasias absurdas, especialmente se considerarmos que, nesse momento, um Hulk Laranja é o presidente dos Estados Unidos e que a Disney, sempre uma corporação, já anunciou um recuo nas políticas de inclusão, se alinhando com o discurso fascista de Trump.
Isso faz desse filme uma bomba, afinal, o Capitão América real não luta mais contra nazistas.
Confira a resenha, sem spoilers, de João Camilo Torres do novo filme do vampirão
O personagem é parte da memória coletiva da humanidade e, como tal, muda constantemente de forma e continua o mesmo
A novela Drácula de Bram Stoker é o ponto de convergência deste personagem que personifica o medo do estranho, do desconhecido, do estrangeiro. Portanto, tem entre seus criadores diversos autores, antes e depois de Stroker. Curiosamente, sua história literária tem em comum com sua história cinematográfica a questão central da autoria.
Para um, Lord Ruthven de Polidori e Carmilla de Sheridan Le Fanu. Para outro, tantas versões de Nosferatu de Murnau e Herzog, ou o meta A Sombra do Vampiro, estrelado por John Malkovich e Willem Dafoe. E para ambos, a derivativa A Hora do Vampiro (em inglês Salem´s Lot) de Stephen King, que virou minissérie de TV nas mãos de Tobe Hooper.
Assim, cada nova versão do Drácula, quer baseada na literatura, com o mesmo nome ou não, desperta o interesse não pela novidade em si, mas pela capacidade de apresentar o mesmo de sempre com as marcas da mudança do tempo. Utilizar personagens universais é um exercício de manipulação de contextos. Nosferatu de Eggers parece ter como referência não a versão de Murnau, apesar da influência expressionista, mas sim outra versão: Drácula de Francis Ford Coppola.
Por serem baseados em uma mesma obra e servirem de veículo para que ambos diretores professem sua admiração por estéticas e técnicas cinematográficas do passado, há momentos em que as cenas e diálogos parecem se repetir como reflexos em um espelho e, até mesmo, negar ostensivamente o antecessor, como na cena em que Ellen e Orlok (Mina e Drácula) discutem sobre o amor.
Com Coppola, Gary Oldman pode garantir que saberá o que é amar. Já Skarsgård cospe nesse prato. Isso porque, a principal diferença entre as obras, além do visual dos dois condes, é que o dândi romântico de Coppola foi concedido em uma época do terror causado pela forma como a epidemia da AIDS foi utilizada pelos governos e pela mídia para perseguir minorias. “Sangue é vida” adquire contornos irônicos. E a sexualidade dava espaço para a sensualidade constrangida por longos vestidos e espartilhos, especialmente o espartilho eficiente do amor romântico.
No longa de Eggers não há amor. Ou bem, há entre Ellen e Thomas, mas é frágil, e de nada serve para o casal ao enfrentar o poder irresistível de Orlok. Há uma tentativa de trazer para a discussão a psicologia que pode parecer devidamente localizada, já que o longa se passa na Alemanha, mas é a Alemanha romântica e bélica, do início do século XIX, o cenário deste filme. Freud está há décadas para acontecer.
Assim, a influência de Orlok sobre Ellen é reduzida a uma confusa aflição mental, que se manifesta de maneira sexual. Em determinados momentos, chega a ser estabelecido que essa influência é mais poderosa em quem tem temperamento mais parecido com o de animais.
Nessa confusa quimera que mistura biologia, crendices e a mente humana, lembramos de outro filme, pouco conectado com Drácula: Pobres Criaturas, até mesmo por certa semelhança física entre Emma Stone e Lily Rose-Deep. Mas, se em Pobres Criaturas, lidar com a líbido é parte de seu crescimento e o caminho de conquista da independência, para Ellen é apenas uma maldição. Ceder ao desejo é uma tortura e ela é, desde a infância, presa ao destino de mulher-sacrifício, já que seu destino está previsto em um velho livro de feitiçaria.
Eggers é responsável pela releitura das histórias de terror com A Bruxa, em que mistura elementos racionais e a superstição para gerar tensão, terror e impacto. O Farol subverte o final davidlynchiano ao esmagar dois homens solitários e O homem do norte se parece inspirado pelo desejo de contar uma história inspirada no videogame Skyrim. Em todos eles, o cineasta é capaz de criar cenas intensas com as tintas pesadas do estilo gótico.
É apenas isso que sobrevive em Nosferatu, mas, para Drácula, isso não é novo. O terror causado pelo estrangeiro, pelo estranho, e tal coisa é essencialmente sombria, gótica (basta lembrar que Alien de Ridley Scott é basicamente um Drácula espacial e contrastava macabramente com as luzes e otimismo do então recém-lançado Guerra nas Estrelas). Seu Nosferatu é apenas mais um monumento suntuoso à história do cinema.
Mas é normal que assim seja. Drácula estará de volta depois de mais uma versão do Rei Arthur, e de um novo Sherlock Holmes. Aguarde.
Confira a primeira parte desta entrevista exclusiva com a escritora gaúchapublicada pela Avec Editora
Já tem algum tempo que estou querendo entrevistar a Nikelen. Desde que conheci seus livros fiquei encantada com suas narrativas e seus personagens. O plano original era uma entrevista em vídeo para o Achados e Perdidos, mas a realidade não andou concordando com a gente.
Então, resolvi fazer a entrevista assim mesmo, mas para o site. Então, prepare-se para um delicioso bate-papo sobre literatura. A seguir, a primeira parte dessa tão aguardada entrevista:
Nikelen Witter é uma das mais importantes representantes no Brasil do gênero steampunk. Ela escreve desde criança, mas começou a publicar em 2011. De lá para cá, tem sido reconhecida como parte da chamada “Terceira Onda” da Ficção Fantástica no Brasil. É autora de Territórios Invisíveis, Dezessete Mortos, Guanabara Real: a Alcova da Morte e O Covil do Demônio, com Enéias Tavares e AZ Cordenonsi; Viajantes do Abismoe de Aventuras deMiss Boite e outras aventuras a vapor, obras publicadas pela Avec Editora, além de inúmeros contos em coletâneas. Foi organizadora da Odisseia de Literatura Fantástica de 2012 a 2014. Desde 2016, é agenciada pela Increasy Consultoria Literária. É também historiadora, pesquisadora e professora do Departamento de História da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Mora em Santa Maria/RS, com o marido, o filho e as gatas Felícia e Hermione.
Para começar, como as histórias entraram na sua vida?
Eu nem sei se eu lembro bem. Eu quero ser escritora desde que me conheço por gente. Queria ler antes de saber ler. E queria escrever assim que comecei a fazer as primeiras letras. Sempre fui fascinada pela ideia de colocar em livros palavras que podiam encantar pessoas à distância. Lembro de, com 6 anos de idade, iniciar minha primeira história (nunca terminada) sobre uma bruxa boa. Depois, aos 12, comecei a escrever poesia e aos 14, a escrever contos e a estudar formas de narrativa. Eu me desafiava a escrever filmes que eu tinha visto, cena por cena, para tentar achar uma voz literária.
Como começou sua carreira literária?
Profissionalmente, em 2011, quando publiquei meu primeiro conto. Mas eu já fazia oficinas literárias e estudava escrita há um bom tempo.
Como foi a transição da criação de contos para os romances, com Territórios Invisíveis?
Eu acho que na verdade foi o contrário. Acho a escrita de contos muito mais difícil do que a escrita de romances. Tanto que costumo dizer que, nas definições clássicas de conto literário, os meus são mais histórias curtas. Inclusive, é muito comum meus leitores me dizerem que meus contos deveriam ser maiores, contar mais coisas. Isso é algo que vai meio que contra a ideia do conto, que causa uma impressão profunda no sentido de um estupor. Por isso, tenho pra mim que sou mais romancista do que contista. De qualquer forma, os contos me exigem muito mais.
Passando para Guanabara Real e a Alcova da Morte e O Covil do Demônio, como foi a produção em seis mãos?
Sempre digo que essa produção só foi possível por dois motivos. Primeiro, o fato de que eu admiro muito meus coautores e isso é recíproco. Segundo, porque tínhamos o André Cordenonsi, que é alguém com uma incrível capacidade de organizar e estruturar o trabalho, junto ao manancial inesgotável de ideias e informações que é o Enéias Tavares. Nossa maior dificuldade sempre foi coordenar as nossas agendas, afinal somos os três professores universitários, pesquisadores e escritores cheio de projetos.
Como surgiu a ideia para a criação de Viajantes do Abismo?
Viajantes surgiu de uma espécie de exorcismo que eu precisava fazer com a minha ansiedade climática, lá em 2013. Juntei a isso coisas como a inspiração de um processo-crime sobre o qual estava lendo uma dissertação e o fato de ter pesquisado sobre curandeiras durante toda a minha carreira acadêmica. Falando assim, parece pouco emocional, mas na verdade foi um livro que me exigiu bastante em termos de sensações e engajamento sensível.
Podemos dizer que com Dezessete Mortos você volta aos contos?
Na verdade, não chega a ser isso. Dezessete Mortos reúne contos escritos desde 2011 e que foram publicados em coletâneas diversas durante o chamado boom das pequenas editoras (2010-2015). Nesse período, várias pequenas editoras lançaram temas e concursos de contos para comporem coletâneas. Participei de várias e fui selecionada. Vários desses contos escrevi enquanto escrevia os romances – Territórios Invisíveis, Guanabara Real, Viajantes do Abismo – e fiquei com uma boa quantidade de material, mas todos dispersos. Ao perceber que esse material poderia ser organizado por temáticas, eu propus ao Artur, editor da Avec, que publicássemos estes contos reunidos em forma de coletâneas autorais. Dezessete Mortos foi a primeira, com a temática do gótico e no espaço regional do Rio Grande do Sul. As Aventuras de Miss Boite é a segunda.
Mais recentemente você nos apresentou à sua companheira de longa data, Miss Boite. Como foi o processo de criação? Veremos mais aventuras dessa criatura tão misteriosa?
Gosto demais da Miss Boite, mas ela não é uma personagem fácil de escrever. Fico muito tempo gestando os contos dela, porque ela é muito inteligente e tem que ser meio infalível nas coisas que faz. Então, preciso ser bem meticulosa quando vou escrever suas aventuras. Ela nasceu meio pronta, sabe. Alguém que é o que o serviço pede, ela/elu se molda. Por isso, as missões precisam ser bem detalhadas e estarem em conexão com elementos históricos. Mas sim, penso em escrever mais sobre a personagem, não acho que ela me abandonará tão cedo.
E aí, curtiu a jornada literária da Nikelen? É inspiradora, não é mesmo? Qual livro da escritora gaúcha te marcou mais? Para quem ainda não leu seus livros, essa é a chance de mergulhar em histórias incríveis! E para saber mais sobre a autora, siga a Nikelen nas redes sociais – Instagram, Facebook, Youtube, página da Amazon – para não perder nenhuma novidade.
E aguarde que em breve publico a segunda parte desse bate-papo sensacional!
Confira a jornada do ator que dá vida ao menino cientista nas telas da Max/Discovery Kids
Quem aí cresceu lendo as aventuras da Turma da Mônica? E já se identificou, em algum momento, com o esperto e curioso cientista mirim Franjinha? Pois preparem-se para conhecer mais sobre quem está dando vida a esse personagem icônico nas telinhas!
Fabrício Gabriel, o intérprete do querido Franjinha na nova série da Turma da Mônica “Franjinha e Milena em Busca da Ciência”, conquistou o público e prova que a ciência e a atuação combinam perfeitamente. O jovem ator conseguiu transformar o nosso cientista favorito dos quadrinhos em uma pessoa de verdade, com todas as suas manias e curiosidades.
Com uma química incrível com a Bia Lisboa, que interpreta a Milena, Fabrício tem encantado a audiência de todas as idades. “É uma honra e uma responsabilidade enorme dar vida a esse personagem querido por tantas pessoas e também um dos mais clássicos e antigos da Turma da Mônica. Ele é cheio de curiosidade e paixão pela ciência e inspirado no próprio Mauricio de Sousa”.
Dos quadrinhos para as telas
Como foi dar vida a um personagem tão icônico? Para o Fabrício, a experiência foi incrível, mas também desafiadora. Interpretar um garoto prodígio não é fácil. Mas Fabrício não se intimidou e encarou o desafio. Ele teve que aprender uma tonelada de termos científicos e ainda assim conseguir transmitir a emoção e a curiosidade do personagem.
E afinal, como foi transformar o personagem das HQs em uma pessoa real? “Pesquisei muito sobre a história do Franjinha, conversei com um cientista e até assisti a filmes de viagem no tempo”, conta ele. E o resultado? Um Franjinha ainda mais inteligente e divertido, pronto para nos levar em aventuras pelo mundo da ciência.
A ciência e a arte se encontram
Uma das coisas mais legais da série é como ela consegue misturar ciência e diversão de uma forma leve e cativante. E o Fabrício, com sua paixão pela arte e pelo conhecimento, foi fundamental para isso. “O Franjinha é um gênio da ciência, mas é também um garoto como qualquer outro. Tentei mostrar essa dualidade, essa paixão pela descoberta e ao mesmo tempo a insegurança e a vontade de se divertir”, explica ele.
Atrás das câmeras
Você sabia que o Fabrício não se limita apenas à atuação? Ele também é modelo e está sempre em busca de novos desafios. E como consegue conciliar os estudos e a carreira de ator com a de modelo? “É preciso muita disciplina e organização”, afirma.
Contudo, o que mais chama a atenção é a paixão de Fabrício pelo teatro. Ele conta que a energia da plateia é única e que cada apresentação é uma experiência nova. “No teatro, tudo é mais intenso. Na TV, é mais técnico e detalhado. Eu amo o que faço e estou disposto a dar o meu melhor em tudo que me proponho.”
Franjinha e Milena: Uma aventura inesquecível
A série “Franjinha e Milena Em Busca da Ciência” é uma verdadeira celebração à ciência e à amizade. Com humor, aventura e muita criatividade, a dupla de protagonistas nos leva por uma jornada repleta de descobertas e aprendizados.
O que esperar da segunda temporada?A nova temporada da série já está no ar e promete ainda mais emoções! Fabrício Gabriel revela que os novos episódios estão cheios de surpresas e que ele se divertiu muito durante as gravações.
E aí, curtiu a história do Fabrício? Se você também ficou fã desse talentoso ator, não deixe de maratonar “Franjinha e Milena em Busca da Ciência” na Max e no Discovery Kids! As duas temporadas já estão disponíveis!
Prepare-se para celebrar o Mês do Orgulho Nerd com muita nostalgia e diversão
No dia 26 de maio, domingo, das 11 às 19 horas, o Sesc Palladium (Rua Rio de Janeiro, 1.046, Centro – Belo Horizonte) receberá o Sesc Geek – De Volta para os Anos 90. Para celebrar a cultura pop dos anos 90, a programação está recheada de atrações icônicas: o apresentador Sérgio Mallandro, o YouTuber “noventista” Nogy, games clássicos, concurso de cosplay, shows e muito mais! Os ingressos já estão à venda no link.
O Grande Teatro do Sesc Palladium será o palco principal e receberá os dois convidados especiais: Sérgio Mallandro, que comandará um pocket show de humor e vai interagir com o público de maneira divertida. E o influenciador Nogy, o responsável pelo Canal 90, no YouTube, que participará de um bate-papo sobre as curiosidades que marcaram a geração.
Concurso de Cosplay
Tradição em todas as edições, o Concurso de Cosplay é um dos momentos mais aguardados do Sesc Geek. Os participantes se vestem como seus personagens favoritos, desfilam e fazem uma pequena performance. A disputa será realizada no Grande Teatro, em duas categorias: Apresentação e Desfile. As inscrições podem ser feitas on-line, pelo link, e no dia do evento, caso ainda tenham vagas disponíveis.
Música
Fechando a programação no palco principal, a banda The Call Of Nerds apresentará um show cujo repertório é formado pelas trilhas sonoras conhecidas de animes, séries, filmes e desenhos que fazem parte da temática Geek.
Mais atrações
Ao longo de todo o evento, os outros espaços do Sesc Palladium abrigarão atrações simultâneas. O Foyer Augusto de Lima terá uma homenagem ao Programa Sílvio Santos. O público poderá participar de atividades que revivem os populares “Show do Milhão”, “Show de Calouros” e “Qual é a Música?”. O Teatro de Bolso terá o Karaokê, sempre presente nas edições do Sesc Geek, enquanto o Foyer Rio de Janeiro terá uma reunião de lojas geeks, oferecendo produtos relacionados à cultura nerd, como itens colecionáveis, camisetas temáticas, acessórios, entre outros.
Games
Como não poderia faltar, os games também farão a diversão do público. No mezanino estará montado o Espaço Play Anos 90, que além de opções como Just Dance e diversos jogos de tabuleiro, realizará torneios de quatro títulos clássicos dos anos 90, tanto do arcade (fliperama) quanto do Super Nintendo:
● Arcade – Street Fighter II: Champion Edition – O clássico de arcade de 1992 é até hoje um dos jogos de luta mais jogados, e serve de referência para games da nova geração.
● Arcade – Ultimate Mortal Kombat 3 – O jogo de 1995 é o terceiro título principal da franquia Mortal Kombat.
● Super Nintendo – Top Gear – Clássico jogo de corrida muito famoso na década de 90 e que possui uma comunidade de fãs espalhados no mundo todo.
● Super Nintendo – Super Bomberman – O Super Bomberman foi lançado em 1993 e é considerado um dos melhores jogos do console.
Para quem prefere as versões mais modernas de jogos eletrônicos, a sessão De Volta Para o Futuro, montada no Cinema do Sesc Palladium, reunirá games mais atuais, como FIFA e outros jogos de Playstation 5, e outros em realidade virtual, todos com a emoção de se jogar em uma tela de cinema.
Sesc Geek: De Volta para os Anos 90. Prepare-se para uma viagem no tempo inesquecível e reviva a cultura pop dos anos 90!
Aprenda a criar tirinhas, personagens chibi, cenários fantásticos, zines e muito mais!
Dê vida às suas ideias! Imagine aprender a fazer tirinhas de humor ou de crítica social, desenhar seu herói favorito, criar um vilão do zero para os quadrinhos ou desenhar um personagem no estilo fofo do chibi. Tudo isso com profissionais de vasta experiência e que atuam no mercado nacional.
Entre os dias 22 e 26 de maio, no Minascentro (Rua dos Guajajaras, 1.022, Centro), quadrinistas, ilustradores e professores da escola, vão ensinar a produzir tirinhas, desenvolver um zine (mini publicação), personagens e cenários fantásticos e criar traços divertidos com a técnica japonesa chibi.
São eles os professores Ricardo Tokumoto (webtira Ryot IRAS, ganhador do troféu HQ Mix de melhor webquadrinho em 2016), Val Armanelli (lançará no evento o zine sobre TDAH, “Com Defeito”; ilustrou para os quadrinhos a música Bença, do rapper Djonga, no projeto “Quadrinhos Sonoros, Vol. 1”), Valdo Alves (ilustrador do best seller infantojuvenil “Fazendo meu filme em quadrinhos, volumes 1, 2 e 3”, da Paula Pimenta), Jean Paulo (artista plástico e professor da Casa dos Quadrinhos há 19 anos) e Lúcio Guimarães (membro do coletivo de quadrinhos inspirado em mangás, “Carrapato Estrela”).
Garanta sua vaga! As inscrições abrem 1 hora antes de cada oficina, mas corra, pois os lugares são limitados. E tem mais! No estande da Casa dos Quadrinhos você encontra a mini livraria da Pannini Comics, com diversos títulos para todos os gostos. Além disso, todos os dias haverá demonstrações de escultura e impressão 3D de personagens de quadrinhos. Imperdível!
Confira a programação de Oficinas Gratuitas da Casa dos Quadrinhos no FIQ BH
Tirinhas Para Todos | Ricardo Tokumoto: Uma introdução básica à produção de tirinhas para todos que têm interesse ou curiosidade por esse estilo de quadrinho.
23/05 (quinta-feira), das 9h às 10h – Sala Roberto Negreiros
24/05 (sexta-feira), das 14 às 15h – Sala Ykenga
25/05 (sábado), das 12h às 13h – Sala Ykenga
Criando Cenários Fantásticos| Jean Paulo: Desvende o potencial da sua imaginação. Dicas e técnicas de desenho para que você, mesmo com conhecimentos básicos, possa criar cenários maravilhosos.
22/05 (quarta-feira), das 9h às 10 – Sala Roberto Negreiros
Dia 23/05 (quinta-feira), das 15h às 16h – Sala Ykenga
A Vida em Tirinhas | Lúcio Guimarães: Conceitos básicos da produção de tirinhas para retratar o cotidiano.
22/05 (quarta-feira), das 15h às 16h – Sala Ykenga
26/05 (domingo), das 11h às 12h – Sala Ykenga
Chibi – A Técnica Kawai de Desenhar| Valdo Alves: Aprenda de forma simples, com traços rápidos e técnicas práticas e divertidas, a transformar qualquer personagem em chibi, técnica japonesa de dar fofura às criações em desenho.
22/05 (quarta-feira), das 9h às 10h – Sala Ykenga
23/05 (quinta-feira), das 14h às 15h – Sala Ykenga
24/05 (sexta-feira), das 9h às 10h – Sala Roberto Negreiros
26/05 (sábado), das 12h às 13h, Sala Roberto Negreiros
Crie o seu primeiro personagem | Jean Paulo: Conceitos básicos para criar o seu primeiro personagem.
26/05 (domingo), das 15h às 16h – Sala Roberto Negreiros
Fabricando Zines | Val Armanelli: Uma oficina prática para todas as idades para desenvolver juntos um zine (mini publicação) que você poderá levar para casa.