História dos direitos das mulheres pelo mundo ganha versão graphic novel pelas mãos de ativistas contemporâneas
A luta feminina por igualdade é longa e já foi contada por diversos ângulos e em diferentes suportes. Agora, a obra “Amazonas, Abolicionistas e Ativistas” relata esta história de maneira inovadora: em formato de graphic novel.

Lançamento da Editora Seoman e escrita pela ativista e crítica cultural negra Mikki Kendall, a publicação apresenta as principais figuras e acontecimentos que promoveram os direitos das mulheres ao longo do tempo.

Kendall, ao lado da ilustradora queer A. D´Amico, relata as proezas de mulheres notáveis ao longo da história – de rainhas e combatentes da liberdade a guerreiras e espiãs –, além de citar importantes passagens sobre os movimentos progressistas liderados por mulheres que moldaram a história, entre eles a abolição, o movimento sufragista, a entrada da mulher no mercado de trabalho, os direitos civis, o movimento LGBTQIA+, os direitos reprodutivos e muito mais.

Traduzida pela brasileira Denise de Carvalho Rocha, “Amazonas, Abolicionistas e Ativistas” trata, de forma contundente e ousada, de diversos temas que compõe a trajetória das mulheres rumos aos seus direitos, como: os direitos das mulheres na antiguidade; como era o poder de imperatrizes, rainhas e princesas; o papel da escravidão, do colonialismo e do imperialismo no processo de apagamento das mulheres; a luta feminina pela liberdade e a marcha pela igualdade. Passa ainda pela revolução sexual e pela crise da AIDS (entre 1960 e 1980) e pelos feminismos corporativo, inclusivo etc.

“Esta é uma obra dedicada àquelas que pavimentaram o caminho, para as que aprenderam a abrir caminho e para as outras que encaram caminhos ainda desconhecidos”, dizem a autora e a ilustradora na dedicatória.

Ao percorrer a história da luta feminina, do começo ao fim, a graphic novel mostra figuras históricas e contemporâneas como Angela Davis, Malala, Janet Mock e Jowelle de Souza, além de muitas líderes no mercado de trabalho e na política como Michele Bachelete e Ellen Johnson Sirleaf.
As leitoras são transportadas, junto com as personagens desta HQ (que representam a diversidade racial, estética e cultural) para uma viagem de resgate pelas origens e pelos progressos da luta pelos direitos de todas as mulheres.
